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Um filme bem visceral, ótimo, mas a ordem dos acontecimentos...
E se, por 1 minuto você tiver que manter o silencio total? Se sua vida dependesse disso, você conseguiria? Um lugar silencioso parte do inteligente princípio de que o espectado irá entender que mundo é esse, quem são essas pessoas, e o que está acontecendo. Pouco importa como se chegou a tal situação, quando o cotidiano dessas pessoas é tão interessante. O tempo que o diretor (John Krasinski) gasta com o desenvolvimento da família é extremamente precioso, pois trás estofo para o que vira adiante. A empatia é inevitável quando mais que um diálogo afiado, o filme trás amarrações inteligentes dos acontecimentos e atuações intensas. John Krasinski (futuramente o Shazam da DC) e Emily Blunt entregam intensidade a cada olhar, a cada palavra não dita, à cada momento de decisão.
Não parece que o filme tenha apenas 1 hora e meia, pois os acontecimentos se sucedem como numa montanha russa. Há momentos ofegantes separados por cenas doces ou vislumbre dos acontecimentos, que são extremamente bem encaixados. Além de ser um filme sem barrigas. As imagens falam mais do que o texto emburrecedor da audiência. Não há nenhum texto dizendo que há mais pessoas nesse mundo. Em mais de um momento o filme te mostra que há sim, e eles estão tentando sobreviver da mesma forma que os personagens que acompanhamos. E apesar desse mundo pós apocalíptico ter sido tantas vezes visitado por outras obras como o jogo The Last of Us ou o filme A Estrada, há elementos que trazem muito frescor à trama.
O trailer não entrega absolutamente nada do filme Nota 10!
Um Lugar Silencioso não é, porém, um filme perfeito. Aparentemente há um desejo de que o filme acabe bem, de maneira feliz ou no mínimo otimista, e isso me desagradou bastante. Toda a forma como o filme foi construído me leva ao clímax pesado que acontece momentos antes do final do filme. E o final acaba perdendo peso e propósito. Será que não daria para encaixar aquela cena final antes do final emocionante. Nem todo filme precisa acabar feliz, alegre ou otimista. O filme precisa ser coerente com o que foi mostrado, e talvez o mais coerente fosse rever a série de acontecimentos finais do filme. Afinal , não é o primeiro filme que tenho essa impressão (vide Passageiros). Não é algo porém que estrague o filme como um todo, é apenas um detalhe que faria mais sentido por tudo que foi apresentado.
Vale mais a pena conferir no cinema ou da pra esperar pra ver em casa?
A não ser que você tenha um excelente sistema de áudio em casa para trazer a imersão que o filme causa quando assistido na sala de cinemas, recomendo que veja nos cinemas mesmo. Mas o 3D é desnecessário.
E você já assistiu esse excelente filme? Vai assistir? Deixa aí nos comentários o que você achou!
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