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Animação inova sem esquecer suas raízes
Por Daniel Lana
O Superman fez sucesso desde sua estreia nos quadrinhos, em 1938. O herói passou por diversas adaptações para a mídia audiovisual, desde a animação de 1941 até o filme com Christopher Reeve, em 1978. Enquanto o super-herói já teve êxito em sua primeira incursão no cinema, foi só em 1996 que ele recebeu uma animação de grande sucesso: Superman — A Série Animada.
Criada por Bruce Tim e escrita por Alan Burnett e Paul Dini, “Superman – A Série Animada” foi inovadora em seus traços e roteiro. O desenho apresentou uma história bem mais profunda sobre o passado de Clark Kent, um repórter recém-chegado ao Planeta Diário que se apaixona por sua colega, Lois Lane. Além disso, a animação foi responsável por apresentar para o grande público grandes vilões e importantes personagens das histórias do herói, até então relegados aos quadrinhos.
As diversas participações de heróis deram o pontapé para o universo animado da DC Comics, introduzindo “Batman – A Série Animada”, e junto com ela, se tornando as bases para o futuro Liga da Justiça. O sucesso das animações, porém, não impediu que o herói fizesse apenas participações especiais em outras séries após o fim de “Superman – A Série Animada”. Foram exatos 23 anos sem uma série animada do Superman até que a Warner demonstrasse interesse em produzir algo totalmente novo sobre o herói de Metrópolis.
A série é uma parceria entre a Warner Bros, o Cartoon Network e o estúdio norte-coreano de animação Studio Mir – o mesmo de “A Lenda de Korra”. A produção executiva fica a cargo de Sam Register, produtor do desenho Hi Hi Puffy AmiYumi, outro grande sucesso da casa. E ainda há nomes de peso como a co-Produção de Jake Wyatt (The Well), Brendan Clogher (Justiça Jovem) e Josie Campbell (She-Ra e as Princesas do Poder).
“Minhas Aventuras com Superman” também conta com uma super equipe de dubladores (trocadilho não intencional). Entre as vozes originais estão nomes como Jack Quaid (The Boys), como Superman, e Alice Lee (Zoey e Sua Fantástica Playlist) como Lois Lane. No Brasil, Guilherme Briggs volta a dar voz ao herói.
A nova animação traz o Clark Kent que os fãs aprenderam a amar desde sua criação: otimista, inocente, atrapalhado e apaixonado pelo seu trabalho e sua parceira de profissão. O Superman que tanto queríamos depois da versão sombria de Zack Snyder. Jimmy Olsen também está lá, como um alívio cômico, mas sem parecer caricato ou clichê. E é importante ressaltar que esse Jimmy Olsen ganha mais destaque que versões anteriores, tornando-se um personagem mais interessante tanto aos olhos do público novo que a série quer atingir, quanto dos mais antigos, que estão acostumados com um Jimmy coadjuvante e esquecível.
Um ponto importante também é que essa versão de Lois ainda não é repórter, e sim uma estagiária. Apesar disso, ela continua sendo uma profissional apaixonada e fervorosa que se joga na busca pelas suas matérias e dá trabalho ao Super. O egoísmo continua sendo o ponto forte da personagem. Essa mudança foi necessária para vermos uma versão mais jovem de todos os personagens. Assim, Clark e Jimmy também são estagiários.
Os três primeiros episódios disponibilizados foram muito bem construídos. Todos os personagens foram apresentados e o cenário do que será a série até o final está estabelecido. A animação conta com cenas de flashback mostrando o Clark criança, e isso ajuda quem ainda não conhece o personagem a se familiarizar e simpatizar com ele, além de desenvolver seus pais terráqueos. E nesses flashbacks, há um ponto interessante: diferente de outras adaptações, quando Clark encontra o holograma de Jor-El, seu pai biológico fala em Kryptoniano e não em nossa língua. É um detalhe sutil, mas mostra que a equipe envolvida está ligada em detalhes.
Algo que certamente chama a atenção desde o início é o traço de anime, muito similar ao que foi feito em She-Ra e as Princesas do Poder, uma assinatura da co-produtora Josie Campbell. E as similaridades com as animações japonesas não se limitam aos traços. Diversos outros elementos conversam com animes, como as cenas de luta ao estilo Shounen como Dragon Ball e Naruto, e até a transformação típica do gênero Mahou Shoujo como Sailor Moon e Corrector Yui.
As técnicas de animação não decepcionam e são o ponto alto da animação: os movimentos fluem bem em tela, os cenários são todos muito caprichados e parecem verdadeiras obras de arte. Os designs agradam muito, renovam os personagens sem esquecer do que os tornaram tão únicos em sua mídia original.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em resumo, “Minhas Aventuras com Superman” é um retorno às origens que traz frescor para o personagem e, assim como o símbolo no peito do herói, a esperança para os fãs de quadrinhos e animações. A série animada já se encontra disponível com os três primeiros episódios aqui no Brasil pelo serviço de streaming HBO Max, com novos episódios programados para irem ao ar toda quarta-feira.
Nota: 4 plugs de 5.
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Foto: Divulgação |
Por Daniel Lana
O Superman fez sucesso desde sua estreia nos quadrinhos, em 1938. O herói passou por diversas adaptações para a mídia audiovisual, desde a animação de 1941 até o filme com Christopher Reeve, em 1978. Enquanto o super-herói já teve êxito em sua primeira incursão no cinema, foi só em 1996 que ele recebeu uma animação de grande sucesso: Superman — A Série Animada.
Criada por Bruce Tim e escrita por Alan Burnett e Paul Dini, “Superman – A Série Animada” foi inovadora em seus traços e roteiro. O desenho apresentou uma história bem mais profunda sobre o passado de Clark Kent, um repórter recém-chegado ao Planeta Diário que se apaixona por sua colega, Lois Lane. Além disso, a animação foi responsável por apresentar para o grande público grandes vilões e importantes personagens das histórias do herói, até então relegados aos quadrinhos.
As diversas participações de heróis deram o pontapé para o universo animado da DC Comics, introduzindo “Batman – A Série Animada”, e junto com ela, se tornando as bases para o futuro Liga da Justiça. O sucesso das animações, porém, não impediu que o herói fizesse apenas participações especiais em outras séries após o fim de “Superman – A Série Animada”. Foram exatos 23 anos sem uma série animada do Superman até que a Warner demonstrasse interesse em produzir algo totalmente novo sobre o herói de Metrópolis.
Produção
Em maio de 2021, a equipe do Adult Swim e do Max (HBO Max, aqui no Brasil) anunciou que estavam produzindo uma nova série animada do herói, intitulada “Minhas Aventuras com o Superman.” O público se empolgou e o famigerado hype aumentou quando as primeiras imagens saíram, revelando um traço muito diferente de qualquer coisa que já havia sido usada para o herói.A série é uma parceria entre a Warner Bros, o Cartoon Network e o estúdio norte-coreano de animação Studio Mir – o mesmo de “A Lenda de Korra”. A produção executiva fica a cargo de Sam Register, produtor do desenho Hi Hi Puffy AmiYumi, outro grande sucesso da casa. E ainda há nomes de peso como a co-Produção de Jake Wyatt (The Well), Brendan Clogher (Justiça Jovem) e Josie Campbell (She-Ra e as Princesas do Poder).
“Minhas Aventuras com Superman” também conta com uma super equipe de dubladores (trocadilho não intencional). Entre as vozes originais estão nomes como Jack Quaid (The Boys), como Superman, e Alice Lee (Zoey e Sua Fantástica Playlist) como Lois Lane. No Brasil, Guilherme Briggs volta a dar voz ao herói.
Nossas Aventuras com o Superman
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Foto: Divulgação |
A nova animação traz o Clark Kent que os fãs aprenderam a amar desde sua criação: otimista, inocente, atrapalhado e apaixonado pelo seu trabalho e sua parceira de profissão. O Superman que tanto queríamos depois da versão sombria de Zack Snyder. Jimmy Olsen também está lá, como um alívio cômico, mas sem parecer caricato ou clichê. E é importante ressaltar que esse Jimmy Olsen ganha mais destaque que versões anteriores, tornando-se um personagem mais interessante tanto aos olhos do público novo que a série quer atingir, quanto dos mais antigos, que estão acostumados com um Jimmy coadjuvante e esquecível.
Um ponto importante também é que essa versão de Lois ainda não é repórter, e sim uma estagiária. Apesar disso, ela continua sendo uma profissional apaixonada e fervorosa que se joga na busca pelas suas matérias e dá trabalho ao Super. O egoísmo continua sendo o ponto forte da personagem. Essa mudança foi necessária para vermos uma versão mais jovem de todos os personagens. Assim, Clark e Jimmy também são estagiários.
Os três primeiros episódios disponibilizados foram muito bem construídos. Todos os personagens foram apresentados e o cenário do que será a série até o final está estabelecido. A animação conta com cenas de flashback mostrando o Clark criança, e isso ajuda quem ainda não conhece o personagem a se familiarizar e simpatizar com ele, além de desenvolver seus pais terráqueos. E nesses flashbacks, há um ponto interessante: diferente de outras adaptações, quando Clark encontra o holograma de Jor-El, seu pai biológico fala em Kryptoniano e não em nossa língua. É um detalhe sutil, mas mostra que a equipe envolvida está ligada em detalhes.
Um Superman que reluz
Algo que certamente chama a atenção desde o início é o traço de anime, muito similar ao que foi feito em She-Ra e as Princesas do Poder, uma assinatura da co-produtora Josie Campbell. E as similaridades com as animações japonesas não se limitam aos traços. Diversos outros elementos conversam com animes, como as cenas de luta ao estilo Shounen como Dragon Ball e Naruto, e até a transformação típica do gênero Mahou Shoujo como Sailor Moon e Corrector Yui.
As técnicas de animação não decepcionam e são o ponto alto da animação: os movimentos fluem bem em tela, os cenários são todos muito caprichados e parecem verdadeiras obras de arte. Os designs agradam muito, renovam os personagens sem esquecer do que os tornaram tão únicos em sua mídia original.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em resumo, “Minhas Aventuras com Superman” é um retorno às origens que traz frescor para o personagem e, assim como o símbolo no peito do herói, a esperança para os fãs de quadrinhos e animações. A série animada já se encontra disponível com os três primeiros episódios aqui no Brasil pelo serviço de streaming HBO Max, com novos episódios programados para irem ao ar toda quarta-feira.
Nota: 4 plugs de 5.
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